A Eleição Soberana e Incondicional em Rm 8:29-30
Romanos 8:28-30 a eleição é condicional?A Bíblia se contradiz?Quem colocou o futuro lá?Existe meio termo entre determinado e determinante?Algumas perguntas como essas acimas devem ser feitas aos opositores da teologia reformada. Que Deus tem presciência, portanto teria o conhecimento de todos os eventos futuros de forma exaustiva,o que nos levaria ao seguinte problema: se Deus sabe infalivelmente o que determinado ser humano vai fazer amanhã, por exemplo,como esse ser humano poderia fazer diferente do que Deus previu? Mas isso é uma questão para outro momento. Analisaremos o texto citado e todo o tratado teológico de romanos,o que paulo nos diz desde o capítulo 1,para entendemos melhor a eleição.
Antes de qualquer discução no que diga respeito ao vocábulo e o ambiente em que ele está inserido, é necessário observar
algumas características da epístola em que o ambiente, que contém o vocábulo, está inserido.
Paulo escreve esta Carta-Tratado, aos Romanos, com alguns pontos em mente. Tais como Justiça de Deus que se revela no Evangelho (1.17). Sendo revelada no Evangelho, qualquer outra possibilidade de Justificação é anulada, pois todos estão debaixo do Pecado (1.18-3.31). E fora do evangelho, permanecerá como tal (1.17-3.31). Dessa forma é necessária a justificação, que é ilustrada (4.1-25), é recebida pela fé (5.1-11) e aplicada a muitos (5.11.19) em função da manifestação da graça de Deus (5.20-21), sendo esta graça atribuida a pecadores, isso não isenta a responsabilidade do salvo em relação ao pecado (6.1-23), a busca pela santificação (7.1-25) embora se pudesse ter muitas questões sobre o cristão e a lei judaica.
Nesse interím, sabendo de todas as informações acima lancadas, Paulo passa a criar o ambiente em que a palavra é utilizada. O ambiente parece denotar um aspecto da vida cristã que é muito desgastada, as tribulações. Mas, Paulo, de maneira muito madura, contrasta as tribulações e sofrimentos com a glória que em nós será revelada. (8.18). pois, segundo ele, até mesmo a natureza e toda a criação de Deus sofre com o problema do pecado no mundo, e isso inclui o homem (8.19-23). A partir deste ponto Paulo faz uma demonstração de que o ápice da posição do cristão encontra-se no fato de que no futuro será glorificado (8.24-30). Então, é nesse contexto que encontramos o vocábulo, onde lê-se:
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmão. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. Rm.8.28-29.
Existe uma constante luta entre alguns termos bíblicos, a saber, pré-conhecer (Rm.8.29; 1Pe.1.2) e Predestinar (Ef.1.5). Todos os comentaristas que não adotam uma postura mais reformada em termos de soteriologia, tendem a agrupar os vocabulos alistados em referência a uma possível ordem para salvação. Ou seja, para eles Deus precisa conhecer alguém, e por seu conhecimento antecipado dos fatos, sabendo que este creria, então Ele predestinaria este.
Essa ordem é, em primeiro lugar, uma superposição temática, teológica e contextual, e uma declaração equivocada em função de uma má observação dos vocábulos gregos. Assim é necessário observá-los em seus contextos. A tentativa não é de afirmar a isenção de ligação entre os vocábulos, mas compreender o seu real significado no ambiente em que é utilizado. Mas, vamos por partes.
“ Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos“
Este é o texto do qual normalmente se retiram o verbete conhecer em referência a salvação. Note que os tradutores da versão ARA utilizam o vocábulo conhecer associado com o advérbio antemão. Em conjunto eles veêm a significar um conhecimento prévio, antecipado, ou seja, um pré-conhecimento.
Segundo os teólogos aversos à teologia reformada afirmam que esse vocábulo implica em dizer que Deus conhece a cada um daqueles que “aceitarão a Jesus” no futuro, e então, segundo o texto, ele os predestina à salvação. Ou seja, Deus em seu conhecimento prévio resolver predestinar a salvação aqueles que, Ele sabe, já se predestinaram a salvação eterna “aceitando a Jesus” como salvador. Logo, a conclusão que se chega é que a Predestinação da parte de Deus é na verdade uma obra em cooperação com o homem. E sobre isso muito bem acentuou Spurgeon:
De acordo com o esquema do livre-arbítrio, o Senhor tem boas intenções, mas precisa aguardar como um servo, a iniciativa de sua criatura, para saber qual é a intenção dela. Deus quer o bem e o faria, mas não pode, por causa de um homem indisposto, o qual não deseja que sejam realizadas as boas coisas de Deus. (…) Se eu decidir, tornarei ineficaz o sangue de Cristo, pois sou mais poderoso que o sangue, o sangue do próprio Filho de Deus. Embora Deus estipule seu propósito, me rirei desse propósito; será o meu propósito que fará o dEle realizar-se ou não”. Senhores, se isto não é ateísmo, é idolatria; é colocar o homem onde Deus deveria estar.[1]
Contudo, esse corrente teológica tende a minimizar a Obra Salvífica de Deus, que é um ato iniciado e perfeito por Ele. Assim é mister compreender o significado deste vocábulo, no ambiente bíblico, a fim de observar quão grande obra foi realizada por Deus na salvação do homem.
O verbo utilizado por Paulo em Romanos 8.29 é proginosko( προγινώσκω). Esse vocábulo e formado a a partir da junção do verbo ginosko( γινώσκω ) com a preposição pró( πρό ), que passa a modificar o sentido do verbo. O verbo gnosko tem significado simples e pode ser utilizado basicamente de duas maneiras: de maneira universal e particular. No que diz respeito aos usos mais universais do verbo, ele vem a sigficar conhecer, saber, vir a conhecer, compreender, obter conhecimento ou, como sugere o Thayer’s Greek Lexicon, como um eufemismo hebraico referindo-se à conexão carnal íntimas entre homem e mulher (LXX Gn.4.1, 17, 19.8; 1Sm.1.19). De maneira particular pode referir-se ao conhecimento de Deus e de Cristo e das coisas relativas a Eles ou procedentes Deles.
Nas citações bíblicas pode-se observar 5 utilizações do vocábulo, sendo uma de Lucas (At.26.5), duas de Paulo (Rm.8.29, 11.2 Esse último os arminianos não usam e o vocábulo é o mesmo) e duas de Pedro (1Pe.1.20; 2Pe.3.17). Em Atos é que observa-se a colocação mais simples, pois trata-se de uma defesa pessoal de Paulo. Em sua defesa ele afirma: “pois, na verdade, eu era conhecido deles desde o princípio, se assim o quiserem testemunhar, porque vivi fariseu conforme a seita mais severa da nossa religião”. A intenção de Paulo é demonstrar que os fariseus o coheciam a muito tempo, ou seja, o conheciam anteriormente ao julgamento. Note que a contrução do versículo: “…aos que de antemão conheceu, também os predestinou”. Se observado dentro da gramática em português, fica evidente que o fato de que Deus conheceu não é a base, nem o fundamento da predestinação, pois o advérbio entre conhecer previamente e predestinar é “também”. Em grego isso fica mais estampado, pois lê-se: “oti ouj(ὅτι) proe gnw( προγινώσκω) (kai. prow,risen)(προορίζω) ”. O vocábulo “kai,” utilizado neste texto não pode ser traduzido por “por causa”, muito menos por “por isso”. Normalmente o termo é utilizado apenas para conectar cláusulas e sentenças, bem como narrativas, além de, epexegeticamente, anexar palavras e sentenças. A função sintática do termo restringe-se a isso.
Assim, não pode-se afirmar que a razão da predestinação é o pré-conhecimento que Deus tem. O que pode-se concluir é que Deus de fato conheceu(yada paulo usa seu hebraismo יאדה conhecer,saber ) e predestinou, embora o texto não faça distinção entre tempo ou época em que isso aconteceu.Assim, é muito mais provavel que esse conhecer seja marcado pelo senso hebreu de escolha antecipada.o texto diz que “ aos que de antemão conheceu , também os predestinou pro =antes ,proorizo é preordenar horizo,horizonte é designar, delimitar, ordenar... pro = antes, não tem outra tradução, designa exatamente ordenar antes que aconteça mesmo. O verbo ainda por cima é usado na forma ativa, designando que a ação é realizada e não sofrida como alguns afirmam, que com base na presciência ele ordena... se fosse assim, o verbo seria na forma passiva ,para serem conformes à Imagem de Seu Filho”, o que inibe a possibilidade em que se afirme que fomos eleitos por que Deus sabia que creríamos, pois sabe-se que ser conforme a imagem de Seu Filho é consequência da salvação.* Ao contrário, deve-se afirmar que fomos eleitos com objetivo de sermos conformes à Imagem de seu Filho, como bem destaca a preposição “eivj”( εἰς ) no texto. Ou seja, não se deve considerar como fundamento, como normalmente alguns teólogos tem feito de maneira indevida, o que é conseqüência da salvação. Assim, “a eleição não se pode basear em obediência, obras e santidade previstas, porque isso tudo é resultado da eleição, e não sua causa.
Romanos 11.2
Este texto é muito pouco utilizado para defender o pré-conhecimento passivo e soteriológico, embora utilize a mesma palavra que Rm.8.29. Possivelmente isto aconteça em função de que o texto não corrobora para o fim desejado por aqueles que visam distorcer os texto e verdades bíblicas.
Antes de qualquer qualquer menção seja feita sobre este texto é necessário fazê-lo exposto: “ *Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu…” . O discurso de Paulo, que está ao redor deste versículo, refere-se à possivel rejeição de Deus do povo de Israel. Mas, sua conclusão, no texto, é bem clara, pois Deus não repudiou seu povo. Em confirmação a esta premissa, ele ilustra a partir da história de Elias, que não estava sozinho e diz: “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça”. Segue-se que Deus não repudiou seu povo, que conheceu de antemão.
A esse conhecimento de Deus é impossível que se diga que Ele simplesmente sabia que este povo o iria cultuar e aceitar seu plano pactual e remissor. Aqui fica evidente que a palavra é utilizada no sentido de escolha antecipada. Embora não seja a mesma palavra que “predestinação”, esse conhecimento antecipado está em consonâcia com ela.
Segue-se que o pre-conhecimento de Deus não é passivo, muito menos espectador das atividades humanas, mas, é ativo e eletivo, como foi bem demonstrado acima. Outras passagens bíblicas corroboram pra que o conhecer em romanos 8:29 e gn 4:1 sejam totalmente de intimidade.
A palavra “conhecer” comumente significar “escolher” ou “achar graça” ou “possuir”. Portanto, não precisamos adicionar qualquer frase para limitar aqueles que Deus conhece de antemão, porque a palavra por si mesmo limita este grupo – são aqueles que ele escolheu. Aqui estão alguns textos que apresentam o significado de “conhecer”.
Romanos 11:1-2 – “Pergunto, pois: Acaso rejeitou Deus ao seu povo? De modo nenhum; por que eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou ao seu povo que antes conhece (...)”
Amós 3:1-2 – “Ouvi esta palavra que o Senhor fala contra vós, filhos de Israel, contra toda a família que fiz subir da terra do Egito, dizendo: De todas as famílias da terra só a vós vos tenho conhecido; portanto eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades”.
Gênesis 18:17-19 – “E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e por meio dele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o tenho escolhido [literalmente: “conhecido”], a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para praticarem retidão e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que a respeito dele tem falado”.
Oséias 13:4-5 – “Todavia, eu sou o Senhor teu Deus desde a terra do Egito; portanto não conhecerás outro deus além de mim, porque não há salvador senão eu. Eu te conheci no deserto, em terra muito seca”.
Salmo 1:6 – “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína”.
Mateus 7:23 – “Então lhes direi claramemnte: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
1 Coríntios 8:3 – “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele”.
Gálatas 4:8-9 – “Outrora, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses; agora, porém, que já conheceis a Deus, ou, melhor, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?”
2 Timóteo 2:16-19 – “Mas evita as conversas vãs e profanas; porque os que delas usam passarão a impiedade ainda maior, e as suas palavras alastrarão como gangrena; entre os quais estão Himeneu e Fileto, que se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição é já passada, e assim pervertem a fé a alguns. Todavia o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os seus, e: Aparte-se da injustiça todo aquele que profere o nome do Senhor”.
Sobre a palavra conhecer,Louis Berkhof nos diz: A palavra yada,ginoskein,proginoskein e prognosis, significam simplesmente,conhecer ou tomar conhecimento de alguem,ou tomar conhecimento no cuidado amoroso,como jeremias,ou como foi feito de fazer objeto amoroso,amor eletivo,Gn 18:19,Amós 3:2, Oseias 13:5. No novo Testamento prognoskein,prognosis não é deterninado pelo uso que delas é feito no grego clássico,e sim pelo sentido especial de yada. Não indicam simples previsão ou presciencia intelectual. Vide romanos 11:2, atos 2:22-23, 4:28, romanos 8:29 e 1 pe 1:2,até mesmo o verbo ginoskein tem esse significado específico em alguns casos 1 co 8:3, galatas 4:9, 2 tm 1:19. Sem contar as palavras bachat( hebraico) e eklegethai e ekloge( grego)palavras que recai no elemento da escolha ou seleção do decreto de Deus. Rm 9:11, 11:5, ef 1:4 2 ts 2:13. E proorizein e proorismos é a predestinação, ef 1:5, romanos 8:30,at 4:28, 1 co 2:7. E as palavras protithenai e prothesis, define que Deus põe diante de si um plano ao qual se apega firmemente. São os propósitos de Deus de predestinar certo homens para salvação,em romanos 8:29,9:11, ef 1:9-11, 2 tm 1:9
Extraído da teologia sistemática de berkhof página 105 e 106.
Então algumas afirmações devem ser feitas a respeito dos decretos e do ser de Deus(teontologia), porque rejeitamos a eleição por "previsão de fé, segundo William Twisse.
• A Eleição é eterna para a fé, o ato de crer é temporal. E não é possível que uma coisa temporal possa ser a causa daquilo que é eterno.
•A Eleição é um ato da vontade de Deus e o ato da vontade de Deus, enquanto ato do seu conhecimento, é a própria essência de Deus, e portanto,na simplicidade. O Próprio Deus:
Logo,apresentar uma causa para a vontade de Deus é apresentar uma causa no próprio Deus.
• Deus determinou que, segundo a previsão da fé do homem,ele ordenaria para salvação:Veja o absurdo que é concebido aqui por meio do qual a ordenação eterna de Deus se torna o objeto de sua própria ordenação eterna,ao passo que é bem conhecido e geralmente aceito.
Que nada exceto o que é temporal, pode ser objeto da ordenação divina que é eterna.
Portanto a Onisciência engloba tanto o conhecimento natural como o conhecimento livre.
A presciência é somente o conhecimento livre de Deus,ela é chamada de conhecimento de visão,pois o livre é porque Deus poderia nunca ter criado nada, logo, não teria nada para ele conhecer no futuro.
Deus recebendo conhecimento de fora, ou seja, das criaturas. Isso é atribuir potência passiva a Deus, tornando-o imperfeito.
Uma coisa também é certa, Deus não conhece somente o que ele decreta, mas o que acontece ele conhece por causa do decreto. Deus conhece os futuríveis, isso não implica em decreto, portanto o Calvinismo não fala que Deus só conhece o que decreta, contudo o que acontece só acontece por que Deus decreta e a medida que Ele decreta, Ele também conhece, pois em Deus não há uma composição entre vontade e intelecto.
Algumas perguntas e afirmações façamos mais uma vez aos opositores da eleição incondicional.
Deus viu lá na frente:
1: Então Deus depende dos acontecimentos?
2: Então algo ou alguém faz o futuro e não Deus?
3: Deus está preso à dimensão temporal e é condicionado no seu agir?
4: Deus é "limitado"
Deus viu lá na frente:
1: Ele mesmo criou o amanhã
2: Ele já está lá
3: Ele não precisa agir condicionado
4: Deus é todo poderoso e não se limita e nem diminuiu seu poder.
Se o arminianismo disser: Não vejo méritos em resistir ou cooperar na salvação.
Francisco Tourinho conclui que: "Eu concordo que não há mérito humano em aceitar ou resistir, mas isso não se segue no arminianismo, pois se não houvesse, não haveria o que Deus prever pra eleger. Se Deus elege pq prevê quem vai acreditar, então ele tem que prever algo que causa sua decisão, logo, a decisão é meritória.
Os arminianos não ensinam, nem acreditam em méritos, mas não conseguem provar como não há mérito na salvação humana. Eu não digo que os arminianos ensinam isso, mas digo que é uma conclusão lógica do ensino arminiano.
Basta se perguntar como pode o conhecimento de Deus e graça divina ser causa da resposta humana, se a resposta a ação da graça precede logicamente o conhecimento que Deus tem da resposta.
Não precisa pensar muito pra saber que uma resposta precede o conhecimento que se tem da resposta.
Assim o conhecimento divino no arminianismo é causado pela ação (resposta da criatura), o que torna o conhecimento divino um efeito da causa ação do homem. Assim, o ato de eleger também é um efeito, logo, deve ser baseado na ação da criatura, e uma ação causa um efeito positivo ou negativo, ela deve ser meritória ou demeritória, não há meio termo, de outra forma, os arminianos terão que dizer que não há virtude alguma em ter fé.
A ação do homem é determinante da ação divina, o que é um absurdo em termos."
Conclusão: “Os que conheceu de antemão, também os predestinou” significa que o desígnio de Deus quanto ao destino de seu povo é baseado em sua eleição eterna, e esta eleição não é baseada em alguma fé prevista que possamos produzir por algum poder próprio. O plano de redenção não foi concebido para incluir um poder salvífico da auto-determinação humana, pois o texto não diz em nenhum momento que o homem produz fé, pois a fé é dom de Deus, Ef 2:8, Fp 1:29, 1 Tm 1:14, Hb 12:2, 1 Pe 1:21 entre outros,no máximo os opositores humanistas podem deduzir que a eleição em Cristo é porquê ninguém pode se encontrar em Cristo sem ter a fé nele. Dedução descartamos,pois nós cremos que somos salvos pela graça mediante a fé e ISTO não vem de nós ,é dom de Deus.
Agradecimentos e fontes:
Paulo Sérgio, Professor,Diácono e Teólogo do DF
Francisco Tourinho autor do Livro " O Calvinismo Explicado.
Marcelo Berti do site Teologando,Igreja Batista fonte em SP e professor de grego do instituto Schaeffer.
Teologia Sistemática Louis Berkhof
William Twisse foi um proeminente clérigo e teólogo inglês. Ele foi nomeado Prolocutor da Assembléia de Westminster em uma Portaria datada de 12 de junho de 1643,nasceu em 1578 perto de Newbury Inglaterra
Spurgeon,C H. Revista Fé para hoje.
Soli Deo Gloria Et Semper